2005/11/26

 

Educação Sexual: Conversando com o seu adolescente sobre sexo

Estará o seu filho ou filha adolescente preparado(a) para fazer escolhas difíceis sobre sexo? Desconfortável como pode ser, a educação sexual é sua responsabilidade. Aqui vamos procurar dar uma pequena ajuda para que possa começar.

Você compreende a importância da educação sexual. Mas não conte apenas com a ajuda da escola.. Embora os básicos possam ser abordados em algumas disciplinas ligadas à saúde, a sua criança pode não ouvir tudo o que ele ou ela necessita saber.

É aí que você entra. Sendo um tema difícil como é, a educação sexual é uma responsabilidade dos pais. Ao reforçar e acrescenter algo ao que o seu filho aprende na escola, você pode ajudá-lo a fazer boas decisões sobre o sexo.

Quebrando o gelo

O sexo é um armário de notícias, entretenimento e publicidade. É frequentemente difícil evitar este tópico omnipresente. Mas quando os pais e os filhos precisam conversar sobre ele, já não é assim tão fácil.

Se você esperar pelo momento perfeito, pode falhar as melhores oportunidades. Ao invés, pense na educação sexual como uma conversa contínua. Aqui estão algumas ideias para o ajudar a começar - e manter a discussão.


- Escolha o momento. Quando um programa de televisão ou um vídeo musical levantar questões sobre o comportamento sexual responsável, utlize-o como um início para a conversa. Se um bom tópico aparecer numa altura inoportuna, diga que você preferia falar sobre o asunto mais tarde - e depois faça-o.

- Mantenha um baixo perfil. Não pressione a sua criança para falar sobre sexo. Simplesmente aborde o assunto quando estiver a só com ela. às vezes, as ocasiões do dia-a-dia - tal como quando forem no carro, estiver a guardar as compras ou a partilhar um lanche - oferecem as melhores oportunidades para conversar.

- Seja honesto. Se se sentir desconfortável, diga-o - mas explique que é importante manter a conversa. Se não souber a resposta às perguntas da sua filha, ofereça-se para encontrar as respostas ou procurem-nas em conjunto.

- Seja directo. Estabeleça claramente os seus sentimentos sobre assuntos específicos, tais como o sexo oral e a penetração. Apresente objectivamente os riscos, incluindo a dor emocional, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejável. Explique que o sexo oral não é uma alternativa sem riscos à penetração.

- Considere o ponto de vista da sua criança. Não dê sermões aos seus filhos ou confie em tácticas de medo para desencorajar a actividade sexual. Ao invés, ouça atentamente. Compreenda as pressões, desafios e preocupações juvenis.

- Mova-se por detrás dos factos. O seu jovem precisa de informação correcta sobre sexo. Mas é também é importante falar sobre sentimentos, atitudes e valores. Examine as questões de ética e responsabilidade no contexto das suas crenças pessoais e religiosas.

- Incentive mais conversas. Deixe o seu filho saber que não há problema em conversar consigo sobre sexo sempre que ele ou ela tenha perguntas ou preocupações. Recompense as perguntas dizendo, "Estou contente que tenhas vindo falar comigo".


Abordando assuntos difíceis

A educação sexual inclui a abstinência, violação em encontros ("date raping"), homosexualidade e outros tópicos difíceis. Esteja preparada para perguntas como estas:

- Como é que eu vou saber se estou preparada para o sexo? Vários factores - pressão dos colegas, curiosidade e a solidão, para nomear alguns - levam alguns adolescentes a uma actividade sexual precosse. Mas não há pressa. Lembre o seu filho que não há problema em esperar. O sexo é um comportamento de adultos. Entretanto, existem muitas outras maneiras de exprimir afeição - conversas intimas, longos passeios, dar as mãos, ouvir música, dançar, beijar, tocar e abraçar.

- E se o meu namorado ou namorada quiser fazer sexo - mas eu não? Explique que ninguém deve fazer sexo com um sentimento de obrigação ou medo. Qualquer forma de sexo forçado é uma violação, quer quem o fez seja um estranho ou alguém com quem a jovem estava a sair. Sublinhe à sua filha que não é mesmo não. Enfatize que o alcóol e as drogas diminuem o julgamento e reduzem as inibições, conduzindo a situações em que a violação no namoro é mais provável de ocorrer.

- E se eu for homosexual/lésbica? Muitos adolescentes começam a pensar em certa altura se são homosexuais ou bissexuais. Ajude o seu filho compreender que ele ou ela está apenas a começar a explorar a atracção sexual. Estes sentimentos podem mudar à medida que o tempo passa. No entanto e acima de tudo, deixe o seu filho saber que você o/a ama sem qualquer condição. Elogie o seu filho por partilhar os seus sentimentos.

Respondendo ao comportamento

Se o seu filho/a se tornar sexualmente activo - quer você julgue que ele está preparado ou não - pode ser mais importante do que nunca manter a conversação. Exponha os seus sentimentos e calmamente explique as suas objecções. Você pode dizer, " Estou desapontada com a tua decisão em teres tido sexo. Não creio que seja apropriado ou saudável que tu tenhas já sexo. Mas a decisão é tua. Espero que tomes as responsabilidades associadas seriamente."

Sublinhe a importância da contracepção e de manter uma relacção sexual exclusiva - não só como uma matéria de confiança e respeito mas também como uma forma de reduzir o risco de doenças sexualmente transmissíveis. Estabeleça e reforce também fronteiras razoáveis, tais como a hora de chegar a casa e regras sobre visitas de amigos do sexo oposto.

O médico de família do seu filho também pode ajudar. Um exame de rotina pode dar ao seu filho a oportunidade de levantar questões sobre a actividade sexual e outro tipo de comportamentos numa atmosfera de apoio e confidencial.

Olhando em frente

Com o seu apoio, a sua filha pode emergir num adulto sexualmente responsável. Seja honesta e fale do coração. Mesmo que a sua filha se mantenha silenciosa, ela (ou ele) irá ouvi-la.

(Fonte: Mayo Foundation for Medical Education and Research)

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