2006/02/26

 

Da violência na TV ao temor da esquadra...

Insistir que uma criança vê, em média, 1023 horas de televisão por ano, mais do que as 900 horas que passa na escola no mesmo período, que 90% das crianças com 6 anos de idade já são "clientes habituais" do televisor, quando não de jogos electrónicos, transformado em amas electrónicas, e que tanto filmes como jogos são de cariz violento não é suficiente para explicar a violência que a escola parece incapaz de vencer. O que é necessário é a formação de professores, funcionários auxiliares de educação e mesmo familiares, designadamente na área da gestão de conflitos, defendeu Jorge Freitas, especialista em formação profissional, intervindo também no colóquio "Violência Escolar - Que Futuro?". Por outro lado, acentuou, é necessário que as autoridades locais colaborem com as escolas na resolução dos problemas. Essa resolução passa por medidas como a organização de férias escolares para crianças carenciadas, exemplificou a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Santo Tirso, Ana Maria Ferreira, enquanto o comandante da Polícia Municipal, Eduardo Ribeiro, insistiu na necessidade de ajudar pais e crianças a vencerem a sua resistência a apresentar queixas às autoridades quando são vítimas, quer por receio de represálias, quer por se sentirem intimidadas na esquadra ou no tribunal.

 

A frieza dos alunos desarma professores

Escolas: Fenómeno de "bullying" deve ser combatido pela comunidade
Casos extremos não são elevados, mas precisam da ajuda de instituições

"A sua frieza desarma-me!" A confissão da presidente do conselho executivo de uma escola com 1100 alunos soou quando o colóquio "Violência escolar - que futuro?" prestes a terminar e corresponde a uma daquelas "tiradas" que mostram como são curtos os debates.

Conta-se o contexto em breves penadas a escalada de violência escolar é tal que a dirigente se sente cada vez mais impotente. "Sabemos onde estão os focos, quem são os alunos, o que fazem", contou a responsável, falando no colóquio que ontem decorreu em Santo Tirso.

E narrou histórias de violência e de extorsão, de alunos chamados ao seu gabinete. "Fico escandalizada com a frieza com que descrevem o que fazem. A sua frieza desarma-me! Assumem tudo o que fazem, acham normal, não mostram nenhum arrependimento. A lei diz que a minha acção disciplinar se limita a aplicar-lhes cinco dias de suspensão vão cinco dias para fora da escola, para fazer a vontade aos meus colegas; e eles fazem coisas deste tipo lá fora. A escola não consegue fazer nada!" Razão para dramatizar?

"O que aponta é uma excepção", tranquilizou-a Beatriz Pereira, investigadora do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho. Dos problemas de violência escolar, só uma parte não se consegue resolver dentro de portas, assevera. Essa necessita de instituições externas. Por exemplo, o médico de família, o encaminhamento para um pedopsiquiatra. Problema como é que uma família desestruturada, na qual o pai - o modelo... - está frequentemente preso, consegue levar um adolescente ao médico? Também há a Segurança Social. Mas nem sempre responde, anota.

Atenção aos sinais

O que fazer contra o fenómeno de bullying escolar - a agressão frequente de uns alunos sobre outros, exigência de dinheiro aos mais novos e mais fracos, ameaças, insulto, humilhações, exclusão sistemática das brincadeiras? Os pais, esclarece, devem estar atentos a sinais como nervosismo, tristeza, insónias, recusa em ir à escola e passar a interpretá-los mais como sinais de alerta de que algo se passa do que "manhas" para evitar a escola. Se as crianças se queixam (e só metade o faz), os pais devem levar a sério a denúncia. Os professores devem estar mais atentos ao que ocorre com os seus alunos - mesmo no recreio - e passar a admitir que as suas escolas não são os paraísos que imaginam. Uma prova enquanto os alunos de escolas de Braga, Guimarães e Lisboa inquiridos numa das suas investigações apontaram a existência de bullying sob várias formas, todos os professores negaram existência de tal fenómeno...

O problema não se resumirá ao recinto da escola, avisou, pois deixará sequelas nas vítimas e animará os agressores. Não estranharemos que mais tarde continuem a obter pela violência o que desejam. Que estratégias seguir?, perguntavam então pais e professores. Enquanto a vereadora da educação, Ana Maria Ferreira, e o comandante da Polícia Municipal, Eduardo Ribeiro, vincavam o papel dos poderes locais nas medidas de segurança externa, Beatriz Pereira sublinhava como pode a escola melhorar a sua resposta. Formar professores e funcionários, sim; mas também melhorar e diversificar os espaços, criar espaços e tempos de desporto informal, desporto escolar, ludotecas, clubes de informática, de fotografia, de línguas, etc. E até "equipamentos móveis" - cordas, bolas, arcos, raquetas, coisas baratas com que os alunos podem divertir-se e baixar a agressividade, explicou.

2006/02/14

 

5- Do quarto ao sexto ano (de 9 a 11 anos de idade)

Mantenha uma atitude firme em relação às drogas. Nessa idade, as crianças podem ter uma conversa mais complexa a respeito dos motivos pelos quais as pessoas se sentem atraídas pelas drogas. Você pode usar a sua curiosidade a respeito dos grandes eventos traumáticos nas vidas das pessoas (como um acidente automobilístico ou um divórcio) para falar sobre como as drogas podem causar esses eventos. Além disso, as crianças nessa idade adoram saber dos factos, especialmente os factos estranhos, e elas querem saber como as coisas funcionam. As crianças nessa faixa etária podem ficar fascinadas pela maneira pela qual as drogas afectam o cérebro ou o corpo de uma pessoa. Explique que qualquer coisa em excesso -- seja remédio para tosse ou aspirina -- pode ser perigoso.

Amigos -- seja um único melhor amigo ou um grupo de amigos -- são extremamente importantes durante essa fase, como também é importante se adaptar ao grupo e ser considerado "normal". Quando as crianças chegam ao séptimo ou oitavo ano, elas saem de um ambiente menor, e que oferece mais proteção, e passam a fazer parte de uma multidão muito maior e menos íntima, de pré-adolescentes. Essas crianças mais velhas podem expor os seus filhos ao álcool, ao fumo ou às drogas. As pesquisas mostram que quanto mais cedo as crianças começarem a usar essas substâncias, maior será a probabilidade que elas terão de ter sérios problemas. É essencial que as atitudes antidroga do seu filho sejam firmes antes de entrar no séptimo ou oitavo ano.

Antes de completar o sexto ano, os seus filhos devem saber:

- os efeitos imediatos do uso do álcool, do fumo e das drogas em várias partes do corpo, inclusive os riscos de coma ou de overdose fatal;

- as consequências a longo prazo -- como e porque as drogas podem criar dependência e fazer com que os consumidores percam o controle das próprias vidas;

- os motivos pelos quais as drogas são particularmente perigosas para os corpos em fase de crescimento;

- os problemas que o álcool e outras drogas ilegais podem causar não apenas para o consumidor, mas para a família e para o mundo do consumidor.

Ensaie situações em potencial nas quais os amigos oferecem drogas. Faça com que seus filhos se manifestem de maneira enfática, como por exemplo "Essa atitude faz muito mal!". Permita que eles o (a) usem como desculpa: "A minha mãe vai me matar se eu beber uma cerveja!". "Isso vai aborrecer os meus pais" é uma das principais coisas que os pré-adolescentes dizem quando explicam o porquê de não fumarem haxixe.
Ensine os seus filhos a observar com atenção a maneira pela qual as drogas e o álcool são promovidos. Discuta a maneira pela qual os anúncios, as letras das músicas, os filmes e os programas de televisão os bombardeiam com mensagens segundo as quais o uso de álcool, fumo e outras drogas têm charme. Certifique-se de que eles sejam capazes de separar os mitos do uso do álcool, do fumo e de outras drogas da realidade, e elogie-os por pensarem de maneira independente.

- Descubram quem são os amigos dos seus filhos, os locais que eles frequentam e o que eles gostam de fazer. Faça amizade com os pais dos amigos dos seus filhos, para que uns possam reforçar os esforços dos outros. Você se sentirá mais em contacto com a vida diária do seu filho e terá melhores condições de reconhecer as áreas onde podem ocorrer problemas. (Uma criança cujos amigos estejam todos utilizando drogas, muito provavelmente estará fazendo a mesma coisa.) As crianças nessa idade realmente dão valor à atenção e ao envolvimento.

(Continua...) Proxima postagem: do 7º ao 9º anos (de 12 a 14 anos de idade)

2006/02/09

 

4- Do jardim da infância até ao terceiro ano (de 5 a 8 anos de idade)

Uma criança dessa idade demonstra cada vez mais interesse no mundo, além da família e do lar. Esta é a hora de começar a explicar o que é o álcool, o que é o fumo e o que são as drogas, que algumas pessoas usam essas substâncias, embora elas sejam prejudiciais, e as consequências do seu uso. Fale com o seu filho sobre o facto de que tudo o que você coloca no seu corpo, que não for alimento, pode ser extremamente perigoso. Fale sobre a maneira pela qual as drogas interferem com o funcionamento dos nossos corpos e podem fazer com que uma pessoa fique muito doente, podendo até causar a morte. (As crianças dessa idade, na sua maioria, já tiveram experiências, na vida real, relacionadas com a morte de algum parente ou de alguém na escola.) Explique a idéia do vício -- que o consumo de drogas pode se tornar um péssimo hábito - e um hábito difícil de abandonar. Elogie seus filhos por tomarem conta, e bem, dos seus corpos, e por evitarem as coisas que podem lhes fazer mal.

Quando seus filhos estiverem na terceira série do primeiro grau, eles devem entender:

- as diferenças entre alimentos, venenos, remédios e drogas ilegais;

- como os remédios, receitados por um médico e administrados por um adulto responsável, podem ajudar durante uma doença mas podem ser perigosos se forem utilizados de maneira imprópria, e que portanto, as crianças devem se manter afastadas de qualquer substância ou recipiente desconhecido;

- porque os adultos podem beber álcool mas as crianças não podem, nem mesmo em pequenas quantidades -- é prejudicial para os cérebros e corpos das crianças, que se encontram em fase de desenvolvimento.

(Continua...) Proxima postagem: Do quarto ao sexto ano (de 9 a 11 anos de idade)

2006/02/07

 

Centros de saúde apoiam educação sexual

As escolas vão poder contar com o apoio dos centros de saúde no desenvolvimento e promoção da Educação para a Saúde.

 

Plano contra a obesidade quer melhor alimentação nas escolas

Segundo o Público de hoje, deixar de haver máquinas de comida ou ter nutricionistas nos estabelecimentos de ensino são hipóteses em estudo.

 

Violência na escola

Definições, incidência e causas da violência em Portugal

João Amado & Isabel Freire

Definição
Em Portugal existem duas abordagens diferentes na investigação sobre a violência na escola. Na primeira, enquadram-se os estudos sobre a indisciplina, tomando como objecto as diferentes situações e comportamentos (sejam violentos ou não) que não estão em conformidade com as regras de carácter escolar e social vigentes em cada escola (Estrela, 1986; Amado, 1989; 2001; Freire, 1995; 2001; Veiga, 1995;1999). Na segunda abordagem, foca-se a violência como um fenómeno específico, realçando o seu carácter social e psicológico (Costa & Vale, 1998; Pereira et al., 1996; Almeida, A. 1999).

O comportamento violento distingue-se doutros tipos de comportamento pelo impacto negativo, tanto físico como emocional, que tem sobre aqueles a quem se dirige; ou seja, a violência implica a intenção deliberada de causar dano a outrem e, neste sentido, representa um problema disciplinar específico das escolas.

A violência na escola traduz-se numa grande diversidade de comportamentos anti-sociais (qualquer forma de opressão ou de exclusão social, agressões, vandalismo, roubo) que podem ser desencadeados quer por alunos quer por outros elementos da comunidade escolar. Estes problemas são, normalmente, associados quer a baixos níveis de tolerância quer a dificuldades no desenvolvimento moral e na auto-estima das vítimas e dos agressores. O fenómeno da violência está, também, intimamente associado aos princípios fundamentais da democracia e à defesa dos direitos humanos.

O problema do "maltrato entre iguais" (bullying) pode ser visto como um aspecto particular da violência na escola que, segundo a definição proposta por Olweus (2000), ocorre quando "quando um aluno ou uma aluna são expostos, repetidamente e durante um período de tempo, a acções negativas por parte de um ou mais alunos". A designação "maltrato entre iguais" deve ser usada quando existe uma relação assimétrica de poder entre alunos. Este tipo de agressões pode ser levado a cabo quer por um aluno individualmente quer por um grupo.

Os estudos sobre o "maltrato entre iguais" revelam que este fenómeno atinge tanto os adolescentes como as crianças, constituindo, assim, uma grande preocupação para os educadores, dada a sua influência no desenvolvimento dos alunos.

Em Portugal, tal como em outros países, as raparigas são com maior frequência vítimas de agressões indirectas (como seja a exclusão social, rumores pejorativos, entre outras) enquanto que os rapazes são mais frequentemente vítimas de agressões físicas e de ameaças (Pereira et al., 1996).

being a considerable amount of antisocial behaviour carried out by a pupil or teacher, and it includesany kind of aggressive behaviour, vandalism, theft or bullying. Theseproblems are associated with sufferance, difficulties in the moraldevelopment and self-esteem of the victims and aggressors. Thisphenomenon also has a large implication for our fundamental democraticprinciples and human rights.

The Portuguese expression "maltrato entre iguais" (school bullying)is seen as a subset of school violence. We refer to the Olweus (2000)definition, according to which, "a student is bullied or victimisedwhen he or she is exposed, repeatedly and over time, to negativeactions on the part of one or more other students". The term bullyingshould be used when an asymmetric power relationship exists betweenstudents. School bullying can be carried out by a single student or bya group.

The studies on this particular kind of violence, show that itaffects adolescents as much as children and this is a great concern foreducators because of its influence on children's development.

In Portugal, as in other countries, girls are more frequentlyvictims of indirect bullying (like social exclusion, pejorativerumours, and so on) and boys are more frequently victims of physicalaggression and threat (Pereira et al, 1996).

Incidência do problema
Em Portugal, como em outros países, nos últimos anos, a violência na escola tem tido cada vez maior visibilidade social, em grande parte, devido à acção dos media. Todavia, pode dizer-se que nas escolas portuguesas as situações de violência são raras. Apesar disso, a violência constitui uma preocupação fundamental, dado o potencial impacto negativo quer na vítima quer nos agressores quer, ainda, no clima geral da escola.

Em 1999, o Ministério da Educação português recebeu 1300 comunicações de situações de agressões contra alunos, professores, e outros membros da comunidade escolar. Do total de actos agressivos, apenas 55 foram desencadeados por alunos ou pais contra professores, pelo que a maioria dos actos de agressão ocorre entre alunos.

Um estudo desenvolvido com uma amostra de 6200 alunos em escolas públicas das áreas urbanas, suburbanas e rurais no Norte de Portugal (Pereira. B., Almeida, A.T., Valente, L., & Mendonça, D., 1996), verificou que 21% dos alunos apontam já ter sido agredidos por colegas, e 18% afirma já terem tido um comportamento agressivo, registando-se três ou mais vezes no ano transacto. Os comportamentos violentos mais frequentes são insultos, seguidos de agressões físicas, rumores pejorativos e roubo. Esse estudo também verificou que a maior parte das situações ocorrem no recreio.

Estudos etnográficos e ecológicos desenvolvidos por Amado (1998) e por Freire (2001) nos últimos três anos nas escolas e em duas áreas distintas de Portugal (as cidades de Coimbra e de Lisboa), com alunos de idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos, mostraram que a violência entre alunos e professores é praticamente ausente. No entanto, cerca de 10% dos alunos vêem-se envolvidos em situações de violência entre colegas com carácter sistemático (vítimas e agressores), sendo este um fenómeno essencialmente masculino. Os autores observaram que apenas um pequeno grupo de alunos se confronta com situações agressivas na escola. Na sala de aula estas situações ocorrem apenas em contextos específicos e com determinados professores (liderança permissiva, elevado absentismo do professor, cultura de escola caracterizada pela desresponsabilização geral). A mais típica forma de violência na escola é a agressão verbal, que se manifesta, a maior parte das vezes, de forma ocasional, ou seja, raras vezes tem um carácter de agressão sistemática da mesma pessoa.

Causas
No que se refere à forma específica de violência designada por "maltrato entre iguais" (ou bullying), as principais causas parecem ser psicológicas. Geralmente, tanto as vítimas como os agressores manifestam baixa auto-estima e têm um fraco poder de influência nas relações interpessoais com os pares. As vítimas, normalmente, não têm amigos, apresentam uma aparência física mais frágil do que a dos seus pares e são muito protegidos pelos pais (principalmente pelas mães). Normalmente, os pais dos agressores e das vítimas não estão ao corrente da situação e isto torna esta mesma situação mais problemática.

Convém também fazer referência a outros tipos de violência que afectam a escola, como seja os grupos organizados ou gangs; nestes casos, as causas parece estarem, normalmente, associadas a problemas económicos, sociais e étnicos, como, famílias disfuncionais e destruturadas, pobreza, racismo ou outros tipos de discriminação sistemática, e modelos sociais violentos propagados pelos media.

Alguns investigadores têm salientado o impacto da cultura e clima de escola e outros aspectos associados com a sua estrutura e dinâmica interna, que contribuem para a redução ou aumento da violência. Em Portugal tem-se verificado o desenvolvimento de programas de intervenção na escola que adoptaram esta perspectiva no combate à violência (intervenção nos recreios, desenvolvimento da relação escola-comunidade-família, por exemplo). A investigação mostra que a violência na escola (quer seja sistemática ou ocasional) é um fenómeno de carácter multifactorial, com diferentes expressões e múltiplas causas, em cuja prevenção a escola tem um poderoso impacto.

Literatura e links
Almeida, A. T., (1999), "Portugal". In Smith, P. K., Morita, Y.,Junger-Tas, J., Olweus, D., Catalano, R. and Slee, P. (Eds.). TheNature of School Bullying: a Cross-national Perspective. New York andLondon: Routledge.
Almeida, A. T. et al., School-based Promotion of Social Competenceand Anti-violence Policies. European Conference on Initiatives toCombat School Bullying: National Posters.http://www.gold.ac.uk./enconf/index.html
Amado, João S., (2001), Interacção pedagógica e indisciplina na aula, Porto, Edições ASA.
Amado, João S., (1989), A indisciplina numa Escola Secundária.Lisboa: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação daUniversidade de Lisboa. (Tese de mestrado, texto policopiado).
Costa, M. E. & Vale, D., (1998), A violência nas escolas. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Costa, M. E. & Vale, D., (1998), A violência nas escolas. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Estrela, M. T., (1986), Une étude sur l'indiscipline en classe. Lisboa: INIC.
Estrela, M. T., (1998), Relação pedagógica, disciplina e indiscplina na aula. Porto: Porto Editora, 2ª Edição.
Estrela, M. T. & Amado, J. S., (2000), Indisciplina, Violência eDelinquência na Escola. Revista Portuguesa de Pedagogia. Ano XXXIV, nº1-3.
Freire, Isabel P., (1995), "Perspectivas dos Alunos acerca dasRelações de Poder na Sala de Aula - Um estudo transversal". In Estrela,A., Barroso, J. & Ferreira, J. (Eds.). A Escola: Um Objecto deEstudo. Lisboa: AFIRSE Portuguesa, Faculdade de Psicologia e deCiências da Educação da Universidade de Lisboa, pp. 755-768.
Freire, Isabel P., (2001), Percursos disciplinares e contextosescolares. Dois estudos de caso. Lisboa: Faculdade de Psicologia e deCiências da Educação da Universidade de Lisboa. (Tese de doutoramento,texto policopiado).
Olweus, Dan, (2000), Bullying at School. Oxford: Blackwell Publishers, Ltd.
Pereira, B. et al., (1996), "O bullying nas escolas portuguesas:análise das variáveis fundamentais para a identificação do problema".In Almeida, Silvério e Araújo (Org.) Actas do II CongressoGalaico-Português de Psicopedagogia da Universidade do Minho. Braga:Universidade do Minho.
Pereira, B., Neto, C. & Smith, P., (1997), "Os espaços derecreio e a prevenção do bullying na escola". In Neto, C. (Ed.). Jogo edesenvolvimento da criança. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana,U.T.L., pp. 238-257.
Veiga, F. H., (1995), Transgressão e Autoconceito dos Jovens na Escola. Lisboa: Fim de século.
Veiga, F. H., (1999), Indisciplina e Violência na Escola: Práticas
Comunicacionais para Professores e Pais. Coimbra: Livraria Almedina.

 

Educação: Gabinetes de apoio sobre educação sexual nas secundárias

O protocolo é assinado hoje entre os Ministério da Educação e da Saúde

As escolas secundárias vão criar gabinetes de apoio aos alunos para aconselhamento sobre educação sexual. Isso mesmo consta de um protocolo a assinar hoje entre os Ministérios da Educação e da Saúde.

A medida já estava prevista num despacho da ministra da Educação datado de final de Novembro e deverá entrar agora em vigor nos estabelecimentos de ensino.

Para a constituição destes gabinetes e de outros projectos a nível da educação sexual, o protocolo de parceria prevê a criação de programas de formação nesta área destinados a professores e técnicos de saúde.

O programa de educação sexual no ensino básico e secundário será dinamizado em colaboração com os serviços de saúde, associações de pais e de estudantes e tratado numa perspectiva interdisciplinar, nomeadamente em disciplinas transversais como a Área de Projecto.

O modelo adoptado acolhe assim as recomendações do grupo de trabalho sobre educação sexual, presidido pelo psiquiatra Daniel Sampaio, que em Novembro defendeu que as escolas deveriam revitalizar os currículos sobre educação para a saúde, incluindo a educação sexual, em vez de criarem uma disciplina própria para esta matéria.

No documento, os dois Ministérios prevêem ainda a constituição de equipas de saúde escolar para dar resposta aos estabelecimentos de ensino e a realização de exames globais de saúde aos alunos com seis e 13 anos de idade.

Os projectos serão financiados pelos dois ministérios e desenvolvidos pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e pela Direcção-Geral de Saúde.

2006/02/02

 

3- Como Instruir os Seus Filhos Sobre as Drogas

Pré-escola

Pode parecer prematuro falar sobre drogas com crianças da pré-escola, mas as atitudes e hábitos que elas formarão nessa idade têm uma influência importante sobre as decisões que tomarão quando forem mais velhas. Nessa tenra idade, elas estão ansiosas por saber e decorar normas, e querem a sua opinião sobre o que é "bom" e sobre o que é "ruim". Embora elas tenham idade suficiente para saber que fumar lhes faz mal, elas ainda não têm condições de compreender informações complexas a respeito do álcool, do fumo e de outras drogas. No entanto, essa é uma boa época para praticar habilidades de tomada de decisões e resolução de problemas de que elas necessitarão para poder dizer "não" mais tarde.

Aqui estão algumas maneiras de ajudar as suas crianças em idade pré-escolar a tomar boas decisões a respeito do que deve e do que não deve entrar nos seus corpos:

- Converse a respeito dos motivos pelos quais as crianças precisam de alimentos saudáveis. Peça ao seu filho para relacionar vários alimentos bons, favoritos, e explicar de que forma esses alimentos contribuem para a sua saúde e força.

- Determine horários regulares nos quais você pode dedicar total atenção ao seu filho ou filha. Brinque com ele no chão; descubra quais são as coisas de que ele gosta e de que não gosta; diga que você o ama; diga que ele é maravilhoso demais para consumir drogas, e que não há outra criança como ele no mundo. Você formará fortes elos de confiança e afecto; isso fará com que seja mais fácil, para o seu filho, ficar longe das drogas, no futuro.

- Estabeleça normas como brincar de maneira leal, compartilhar brinquedos e dizer a verdade, para que as crianças saibam que tipo de comportamento você espera delas.

- Estimule seu filho para que ele siga instruções e faça perguntas se não entender as instruções.

- Quando seu filho ficar frustrado durante uma brincadeira, aproveite a oportunidade para reforçar as habilidades de resolução de problemas. Por exemplo, se uma torre de blocos cai muitas vezes, trabalhe junto com ele, para encontrar possíveis soluções. Transformar uma situação ruim num sucesso reforça a autoconfiança de uma criança.

- Sempre que possível deixe seu filho escolher o que vai vestir. Mesmo se as roupas não combinarem, você estará a reforçar a capacidade do seu filho de tomar decisões.

- Indique quais são as substâncias venenosas e perigosas que geralmente são encontradas em residências, como alvejante, desinfectante de cozinha e lustra-móveis, e leia os rótulos de advertência dos produtos em voz alta. Explique aos seus filhos que nem todas as drogas "más" vêm com advertências impressas, e que portanto eles só devem comer ou cheirar alimentos ou remédios - receitados por um médico - quando estes lhes forem dados por você, seu esposo ou esposa, um avô ou avó, ou a ama.

- Explique que os remédios receitados são drogas que podem ajudar a pessoa para a qual foram receitados, mas que podem fazer mal a qualquer outra pessoa - especialmente as crianças, que devem ficar longe deles.

(Continua...) Proxima postagem: Do jardim da infância até a terceira série (dos 5 aos 8 anos de idade)

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