2006/03/09

 

Agressividade na escola em debate

A "elevada rotatividade" dos professores nas escolas não facilita a prevenção necessária aos conflitos em contexto escolar. A opinião é de Paulo Carvalho, psicólogo social que, ontem participou na reflexão promovida pelo Secretariado Regional de Braga Sul do Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades sobre a violência nas escolas.

A cargo do psicólogo esteve a explicação do "bullying" - condutas agressivas por parte de crianças e jovens, apenas em contexto escolar, que pode levar, por vezes a agressões físicas - um fenómeno já investigado em alguns países, mas recentemente estudado em Portugal. Apesar disso, o psicólogo diz que tal fenómeno embora assuma uma nova designação, já há muito acontece nas escolas.

Segundo Paulo Carvalho são vários os factores que podem provocar as condutas agressivas por parte dos jovens no interior das escolas, entre as quais aponta, a desestruturação das famílias das quais as crianças são oriundas, crianças expostas a modelos de violência ou ainda, vindas de comunidades fechadas à sociedade com uma conduta própria.

Para o combate a estes conflitos, o especialista considera que a aposta tem de ser feita na prevenção, com um trabalho organizado na escola. Contudo, quando de ano para ano os professores mudam, tal trabalho, que segundo afirma, tem de ser continuado e demora a assimilar, tem de começar do zero. Ao mesmo tempo, considera que os pais têm de ser envolvidos no trabalho, já que é uma tarefa que tem de ser desenvolvida também, em casa. Por seu lado, Rui Barroso adiantou que, no distrito, o fenómeno se verifica mais nas escolas dos centros urbanos.

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