2006/01/09

 

1: Educação sexual? Se meu filho tem só três anos!

… pois então, ele ou ela já recebeu muitíssimos mensagens sobre a sexualidade—ou seja, mais de três anos de informação. Ponha-se a pensar:

-quando se lhes toca e abraça aos bébés, ensina-se-lhes que são queridos.
-quando lhes escolhemos roupa (azul ou rosa), brinquedos (carrinhos ou bonecas) ou actividades (jogos de bola ou às casinhas), apresentamos-lhes mensagens sobre os papéis de homem e de mulher.
-ver a um irmão, irmã ou pai a tomar banho ensina as diferenças físicas entre homem e mulher.
-a boa (ou a má) vontade dos pais a responder honestamente à pergunta: "E, como saiu o bébé?" transmite uma atitude sobre o sexo.

Na verdade, V. esteve educando a seu filho sobre o sexo todo o tempo, com suas palavras e também com seu silêncio; com sua comunicação verbal e corporal. Suas respostas e ações ensinaram muito a seu filho sobre a sexualidade—não só com mera informação, mas pelos seus valores e atitudes.

V. não pode evitar ser o mais importante educador sexual de seu filho … e também não o deve de evitar. Sendo seu pai ou mãe, V. é quem mais influi sobre o desenvolvimento e as atitudes sexuais de seu filho. A experiência familiar que rodeia ao menino desde seu nascimento determina até que ponto seu filho vai ter sentimentos saudáveis e positivos sobre a sexualidade.

Porém, a idéia que a educação sexual começa desde o nascimento é para muita gente uma idéia rara. Por consequência, os pais podem deixar passar muitos anos antes de dar-se conta que as crianças, desde muito pequenos, merecem uma educação sexual bem pensada e com boa intenção. Quanto mais concientemente os pais educam os seus filhos aproxima do sexo, melhor os vão preparar para enfrentar com os desafios que lhes esperam.

Bom—quando meu filho pergunte, então digo-lhe …

… mas, vai reconhecer as perguntas? As crianças interessam-se pela sexualidade muito antes que possam fazer perguntas. Por exemplo, um menino pequeno pode querer ver o papá a tomar banho ou tocar-lhe no ventre da mamã, grávida. Estas situações apresentam "momentos ideais para ensinar" lições sobre a anatomia, a reprodução e o nascimento.

Quando os pais aproveitam essas oportunidades, não só lhes dão informação a seus filhos, mas também demonstram sua vontade de discutir sobre sexo com eles. Assim se estabelece um ambiente de confiança e de bem-estar, o que anima às crianças a pedir a seus pais a informação sobre a sexualidade que necessitem no futuro.

Não se preocupe que lhe tenha dito muitas coisas muito cedo. Seu filho vai assimilar o que ele ou ela pode e mostrar aborrecimento com o demais: vai ter os olhos lustrosos, vai-se levantar … Mas seus comentários não serão desperdiçados. Seu filho talvez não captou todos os detalhes, mas se vai entender que "à mamã e ao papá pode-se-lhes perguntar".

Não corre perigo com muita informação muito cedo; pelo contrário, corre mais perigo com muito pouca informação demasiado tarde. Quando os pais reconhecem as perguntas e respondem com carinho e honestidade, estão no bom caminho para dar qualidade à educação sexual de sua família.

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